darei beijos?

Não saberia dizer. Não saberia o que dizer. Eu me esqueceria das palavras, das coisas, inclusive dessa necessidade involuntária que sinto de respirar toda vez que acordo. Por quê é que eu não paro de respirar quando o lençóis me pegam emprestado de ti, quando perco o controle sobre mim? Pra quê respirar? Ou melhor, por que é que eu não tenho a opção de escolher quando, como e com que intensidade respirar? É tentando esclarecer um monte de dúvidas como essa que perco o controle sobre mim, acordado, por opção, quando já é hora de dormir. Sabes como é dormir acordado? Ver-se fazendo as coisas que tu normalmente fazes, só que sem ter esse controle, o livre arbítrio. O agente da tua vida se torna o externo, tudo e todos que te cercam. E tudo que você faz é responder a estímulos. "Onde foi parar minha alma?" - tu te perguntas. Aí tu tentas extrair tua alma do teu corpo e ocupar o nada, por alguns minutos, e consegues.
Feito isso, agora peço: observa-te de longe, do alto, do céu, do espaço, como se o Google Earth tivesse sido feito pra ti. O quê tu verias? Tenta denovo. Fecha os olhos. (eles de nada servem aqui, nem agora).




O QUÊ TU VERIAS?



(eu me veria deitado, em um hotel qualquer de uma cidade qualquer, reescrevendo tudo, desde o começo, sem mudar uma única vírgula).



"Não saberia dizer. Não saberia o que dizer. Eu me esqueceria das palavras, das coisas, inclusive dessa necessidade involuntária que sinto de respirar toda vez que acordo".



Ando pensando assim, em círculos, com respostas dentro de perguntas. Mas nenhuma pergunta é grande o suficiente para comportar a resposta que eu procuro.
ei de agradecer, pela alegria que me consome, pelas pessoas amadas a minha volta, pela felicidade atingida, e pelos caminhos que estou construindo, e talvez pelos beijos que eu te darei!
HÁÁÁÁA!

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