meu coração tá me irritando!

Um coração feliz é o resultado inevitável de um coração ardente de amor.
PORRA! tá foda esconder que estou feliz, apesar de não saber do que se trata e nem do que ele pensa sobre isso, to feliz!
meus dias estão sendo contados desesperadamente lentos, pra não dar mais vontade de ver, mas eu não consigo, eu vejo em meus pensamentos!
puuuuuuuuuuuuuuuuuuuuta merda, não queria isso, alias não quero, mas a vida não me dá outra escolha.
mudando de assunto ae, to super feliz com minhas amigas, são todas umas fofas, e sinto que cada vez mais elas tão crescendo e ficando as mais lindas do mundo! Hoje nós tivemos uma noticia ótima, minha tia tá grávida again e o Léozinho vai ser a criança mais paparicada do universo :)
humm, acho que eu estou me iludindo, é bom as vezes!


Tenho escrito menos. E vivido um pouco mais. A literatura de meus dias perdeu o caráter de microconto, por isso não mais os tantos posts. Virou romance que não mais se capitula em poucos parágrafos. Muitas vezes abandonei em branco o texto, pois olhava, míope, para dentro de mim e nada via senão o nebuloso vulto da ulceração que ainda gritava em vermelho. Precisava encontrar um caminho para a superfície, mas no fundo daquele poço encontrei um par de lentes.
O romance nos desafia a convicção, por vezes tira a paciência, e pode até nos subtrair alguns anos da vida, mas quando é que alguém, por um segundo que fosse, cogitou – a sério – viver sem ele? Nossas aspirações vão, cada vez mais, aproximando-se da realidade; a gente passa a prometer menos, mentir menos, e chega até a achar que, dessa vez, erraremos menos, por julgarmos saber onde escondem-se todas as bombas desse campo minado. Nem preciso lembrar que a única certeza no romance é a de se estar eternamente em apuros, saracoteando as pernas para não se deixar afundar totalmente no obscuro e indecifrável oceano que é a vida daquela pessoa com a qual estamos de mãos dadas. Em apuros pois é perigoso. É perigoso porque a gente arrisca. E a gente arrisca porque quer. Ninguém nos obriga a viver o amor, mas a gente ama vivê-lo. Ninguém nos obriga a sentir as mesmas dores de novo, mas a gente se quebra em mil pedaços para sentir o prazer na cura. A gente acha que pode viver sem, mas as palavras soluçadas no fim de uma noite ébria evidenciam o que, para todos ao nosso redor, já era óbvio: estamos fodidos. Em apuros não estou só eu, estamos todos nós, meus caros. Romance é o que se persegue pelas esquinas, que foge à luz dos postes, e ele está bem. Em perigo estamos nós, nesse apuro que reside na nossa urgência em vivê-lo. Vivê-lo, mesmo que torto, inacabado, ferido, precipitado, errado, proibido, ou impossível. Vivê-lo de verdade, com intensidade e sem escudos. Como deve ser, e como inevitavelmente é, quando nosso coração nos dá aquela única e inevitável rasteira que nos faz quicar no chão. Viver o romance é estar em apuros.
Estou vivendo, e não quero ser salvo.

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